terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Não me deixes à porta da escola - música de Luísa Sobral


"NÃO ME DEIXES À PORTA DA ESCOLA"



Não me deixes à porta da escola
Vão ficar a olhar
E eu que sou uma rapariga discreta
Gosto de entrar sem ninguém notar
Podes ficar do outro lado da rua
Onde ninguém te vê
E assim pensam que vim de autocarro
Ou até quem sabe a pé
Mas tu também não me chames
Os nomes lá de casa
Esses são só para nós
Na escola sou a Maria
"Mimi" é só para os avós
E assim chegando ao fim
Peço o mais importante
Volta a fazer tudo igual
Quando eu já for grande
Mas até lá não me chames
Os nomes lá de casa
Esses são só para nós
Na escola sou a Maria
"Mimi" é só para os avós


quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

DEBATE - o papel dos avós na educação dos netos

      Depois de lermos o texto de Alice Vieira : "A avó Lídia", assistimos a uma entrevista que a autora concedeu a um jornal nacional e decidimos organizar um breve debate sobre o papel dos avós na nossa educação.

Para participares deverás:

a) acrescentar uma vantagem e uma desvantagem do papel dos avós na educação dos jovens.

b) deves comentar, pelo menos, a opinião de 2 colegas da turma.


Entra nesta plataforma e interage com os teus colegas.


TRICIDER

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Ulisses - conclusão da leitura

 Já concluímos a leitura da "Odisseia" de Ulisses por mares e terras.
Vamos acrescentar a nossa visão desta enorme aventura!

EXPRESSÃO ESCRITA

Trabalhos individuais
A professora vai convidar-vos a retirar uma "papelinho" de um saco, onde vai estar escrita apenas uma palavra: o nome de uma fruta.
Consoante a fruta que retirares, deverás realizar a tarefa pedida,

Laranja - relato de um sobrevivente da guerra de Troia
Morango - carta de Penélope a Ulisses
Banana - página do diário de um marinheiro de Ulisses
Kiwi - diário de bordo de Ulisses (episódio do Mar das Sereias / Cavalo de Troia)
Melancia - carta de Telémaco para o pai
Pêssego - páginas do diário de Penélope

Trabalhos de Grupo

Depois de responderes a uma pergunta da professora, irás integrar um de dois grupos possíveis:

A - Imagina um episódio da obra Ulisses e relata-o como se fosse uma notícia do telejornal (deverás fazer a gravação).

B - Imagina um "Talk Show" com várias personagens da obra  - cria uma entrevista e dramatiza-a.







domingo, 7 de janeiro de 2024

CICLÓPIA

O episódio passado na Ilha dos Ciclopes é um dos mais engraçados.
Mais uma vez Ulisses demonstra que é inteligente e manhoso...
O mal entendido com o nome NINGUÉM gerou muitas confusões que levou a que os Ciclopes abandonassem a ilha.








A história que podes ler de seguida, também originou muitos mal entendidos...


"Esta é uma história sobre quatro pessoas: TODOS, ALGUÉM, QUALQUER UM e NINGUÉM.
Havia um importante trabalho a ser feito, e TODOS tinha a certeza que ALGUÉM o faria.
QUALQUER UM poderia tê-lo feito, mas NINGUÉM fez.
ALGUÉM zangou-se porque era um trabalho de TODOS.
TODOS pensou que QUALQUER UM poderia fazê-lo, mas NINGUÉM imaginou que TODOS deixasse de fazê-lo.

No final, TODOS culpou ALGUÉM, quando NINGUÉM fez o que QUALQUER UM poderia ter feito."

(autor desconhecido)

Ulisses - vamos conhecer melhor

 Ulisses - narra a história de um rei aventureiro, mas que amava o seu povo e a sua família.

Conhece melhor as aventuras e desventuras que ele viveu, desde que libertou Helena até regressar à sua pátria!


Realiza estas atividades interativas

 

 Conhece melhor a sua autora - Maria Alberta Menéres

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

ULISSES, de Maria Alberta Menéres

Estamos a ler mais um livro fantástico!



   Na  obra  ULISSES Maria Alberta Menéres narra a história do rei Ulisses que vivia numa ilha grega que se chamava Ítaca, com a sua mulher Penélope e o seu filho Telémaco
   Era um rei diferente, que gostava de caçar e de conversar com o seu povo.
   De espírito irrequieto e aventureiro, quando estava em casa só pensava em ir ao encontro de aventuras, do desconhecido pois o que o entusiasmava era o MAR…


Esta "aventura" passa-se na Grécia antiga e narra as façanhas de um chefe chamado Ulisses, que se comprometeu a resgatar a princesa Helena, que tinha sido raptada por Páris. 

No nosso dia-a-dia usamos muitas expressões relacionadas com esta história e outros factos gregos.
Queres  verificar?






Clica para abrir - PowerPoint da docente Paula Almeida


Conhece os locais por onde Ulisses e os seus tripulantes viverão uma emocionante aventura.
Explora esta animação elaborada pela prof. Cristina Costa.

Observa o mapa e verifica os locais por onde passou Ulisses e os seus marinheiros!

Boa viagem ...


animação elaborada pela prof. Cristina Costa



MARIA ALBERTA MENÉRES

O QUE ME LEVOU A ESCREVER «ULISSES»

    Começo por dizer que todas as histórias têm um princípio, todos os livros uma razão de ser, enfim, não me parece que nada aconteça inteiramente por acaso quando várias circunstâncias concorrem para o seu acontecer.

Assim à distância, posso garantir-vos que foi o Ulisses quem me salvou de uma aflição muito grande! Mas eu conto:

Em 1971, era eu professora de Língua Portuguesa e História na Escola Preparatória Pedro de Santarém, em Lisboa, quando fui confrontada com o horário que me foi atribuído: sem ter turmas definidas às quais deveria dar aulas, como normalmente, a minha tarefa era substituir os professores que faltassem nesta ou naquela turma, a fim de assegurar a permanência dos alunos dentro das respetivas salas de aula e, assim, evitar uma certa barafunda pelos corredores e pátios ...

Digam-me só: já imaginaram o que é, para os alunos de uma turma, faltar o professor que lhes ia dar uma determinada disciplina, e quando se preparavam para aproveitar o inesperado «furo» a jogar uma partidinha de futebol, ou noutro divertimento qualquer até tocar para a entrada na aula seguinte, lhes aparecer à frente uma professora que nem sequer conhecem porque não é professora deles, a dizer: - «Ora vamos lá a ficar aqui todos dentro da sala, que sou eu agora quem vos vem dar aula?»

Calculo a desilusão que deve ser.

Pois foi precisamente isto que me aconteceu. Faltou um professor de Matemática e lá fui chamada para «entreter» a turma! Quando lhes apareci à frente, nem queriam acreditar que eram obrigados a conservarem-se dentro da sala, quando lhes surgia inesperadamente uma oportunidade tão boa de se escaparem para os campos de jogos ...

Como não era professora de Matemática, não lhes podia ensinar Matemática, e a hora passou-se lentamente, conversinha para cá, conversinha para lá, à espera que o toque da campainha anunciasse o fim daquele «sofrimento» mútuo!

      Jurei a mim própria que tinha sido a primeira e a última vez que tal coisa me acontecia. Quando, logo na hora seguinte, me vieram chamar à sala de professores para ir substituir a professora de Francês de uma turma qualquer, foi com passo firme que me dirigi à referida turma e anunciei, em voz bem alta, perante o espanto geral:

- «Tudo sentado, que eu vou contar-lhes uma história: uma história muito bonita que eu sei, e que, tenho a certeza que vocês vão adorar, porque está cheia de aventuras, de coisas estranhas, de medos e mistérios:

É a história de Ulisses!»

Foi um momento mágico. Em menos tempo do que leva a contar, fecharam as pastas e mochilas e sentaram-se, ansiosos, de grandes olhos abertos à espera da história que lhes prometera; na sala, um silêncio grande, uma expectativa enorme. Era tudo o que eu mais queria: aquele era o meu público predileto. E comecei a contar a história de «Ulisses», ora com voz baixinha e misteriosa, ora fazendo realçar os pontos fortes que sentia serem de realçar. O meu amor pelo teatro estava todo ali e, como sabia a história de cor e salteado, não me custou nada transmiti-la. O certo é que, quando tocou a campainha para a saída, ninguém queria ir embora e só me pediam para acabar a história ... Como não era possível, prometi:

      «Continuo esta história quando vos faltar outro professor!

      Ora o que é que aconteceu? Aí a meio do ano letivo, era rara a turma de toda a escola que não tivesse estado comigo e com a história de «Ulisses»: E como queriam ouvir a história até ao fim, passavam a vida a pedir aos professores para faltarem ...

Na sala de professores, isto era, também entre nós, motivo de conversa e de brincadeira.
Ou seja: O Ulisses passou a ser o herói da escola.

      Do contar para o escrever, foi só um pulinho: escrevi-a tal e qual como a contei a
centenas de alunos. Por isso, ela surge com tanta oralidade, tanto «teatro», tanto entusiasmo.

 

Maria Alberta Menéres in, manual Viver e Aprender