terça-feira, 30 de setembro de 2014

AS FÁBULAS

     As Fábulas são histórias transmitidas oralmente, de boca em boca, de pais para filhos ou de avós para netos - até ao momento em que são registadas por escrito.
     Têm por objetivo ensinar uma lição de vida e podem ser escritas em prosa ou em verso. As personagens costumam ser animais personificados.

Esopo foi um fabulista grego e Jean de La Fontaine inspirou-se em muitas das suas fábulas. 

fonte http://asfabulasdeesopo.blogspot.pt

A CIGARRA E A FORMIGA

     Num belo dia de inverno as formigas estavam a ter muito trabalho para secar as suas reservas de comida. Depois de uma chuvada, os grãos tinham ficado todos molhados. De repente aparece uma cigarra:

     - Por favor, formiguinhas, deem-me um pouco de comida!
   As formigas pararam de trabalhar, coisa que era contra os seus princípios, e perguntaram:
    -Mas porquê? O que é que fez durante o verão? Por acaso não se lembrou de guardar comida para o inverno?
      A cigarra confessou:
     - Para falar a verdade, não tive tempo. Passei o verão todo a cantar!
     Indiferentes, as formigas contestaram:
   -Bom... se passou o verão todo a cantar, que tal passar o inverno a dançar?     
    E voltaram para o trabalho dando grandes risadas. 
Esopo
Moral da história| Os preguiçosos colhem o que merecem.


fonte www.focoemgeracoes.com.br

A LEBRE E A TARTARUGA


"Apostemos, disse à lebre
A tartaruga matreira,
Que eu chego primeiro ao alvo
Do que tu, que és tão ligeira!"
Dado o sinal da partida,
Estando as duas a par,
A tartaruga começa
Lentamente a caminhar.


A lebre, tendo vergonha
De correr diante dela,
Tratando uma tal vitória
De pêta ou de bagatela,
Deita-se, e dorme o seu pouco;
Ergue-se, e põe-se a observar
De que parte corre o vento,
E depois entra a pastar;
Eis deita uma vista d'olhos
Sobre a caminhada sôrna,
Inda a vê longe da meta,
E a pastar de novo torna.
Olha; e depois que a vê perto,
Começa a sua carreira;
Mas então apressa os passos
A tartaruga matreira.
À meta chega primeiro,
Apanha o prémio apressada,
Pregando à lebre vencida
Uma grande surriada.
Não basta só haver posses
Para obter o que intentamos;
É preciso pôr-lhe os meios,
Quando não, atrás ficamos.
O contendor não desprezes
Por fraco, se te investir;
Porque um anão acordado

Mata um gigante a dormir."    

Jean de La Fontaine

Moral da história| devagar se vai ao longe!