quarta-feira, 17 de maio de 2023

O Texto Dramático - características

Recorda as características do texto dramático.




Agora vais provar que ainda te recordas das características do texto dramático, preenchendo este questionário.


SÓ PODES RESPONDER UMA VEZ! 



sexta-feira, 12 de maio de 2023

A Bela Infanta no sec. XXI - alunos de 2020

Mais um desafio superado!
Esta tarefa era bem "complicada" e exigente, mas os meninos do 6º F e as suas famílias não desistem.
Resultaram trabalhos muito bons e com bastante humor. Vale a pena ler!!!
Parabéns a todos pela persistência e teimosia!!



“A Bela Infanta do séc. XXI” 




Estava a bela Infanta 
No seu quarto deitada 
Ouviu grande alarido 
Foi à janela 
De pijama vestido 
Viu grande ajuntamento 
Ficou horrorizada! 
Em tempo de pandemia 
Toda a gente ali apertada! 
Chamou um polícia 
Relatou a confusão 
Mas de repente lembrou-se 
Do seu namorado João! 
Estava demorado 
Tinha ido comprar pão 
À padaria do supermercado. 
A bela Infanta perguntou: 
-Viu o meu namorado João? 
Estou preocupada! 
Ele foi comprar pão, levava máscara, 
Um saco na mão, camisa ao xadrez 
E não levava mais nada! 
-Ó menina, não vi o teu namorado! 
Mas posso encontrá-lo 
O que ganho eu com isso? 
-O reconhecimento pelo serviço. 
-Eu queria era aumento no salário! 
-Isso não posso fazer 
Mas ao seu chefe o posso dizer! 
-Conversa fiada! 
É difícil acreditar, 
A polícia está cansada, 
Dos seus direitos manifestar 
Até a farda que veste 
Cada um tem que comprar! 
-Lamento Sr. Polícia,  
Mas o que eu quero então, 
É que encontre o meu João! 
-Já lhe mandou uma mensagem, 
Para o telemóvel? 
-Claro que não! 
Ele deixou-o cá em casa, 
Apenas levou o saco na mão! 
-Há quanto tempo saiu, 
Para ficar tão preocupada? 
-Bem cedo! Ainda mal estava acordada! 
-Calma menina!  
De certeza está na fila, a esperar pela sua vez! 
-Vou espreitar a confusão, 
E ver com muita atenção, 
Vestia calças azuis e camisa ao xadrez... 
Já o vejo lá ao longe, 
Com o saco na mão, 
Afinal está tudo bem,  
Com o meu querido João! 

Francisco Fernandes Moreira 


Num dia quente de verão  
Estava sentada a bela Infanta 
Numa cadeira prateada  
Que até levava uma boa mangueirada. 
No WhatsApp estava a falar 
Com a sua amiga encantada 
Parou imediatamente  
Por ver um rapaz a pedir-lhe para casar. 
Ficou totalmente corada 
Pois não sabia o que dizer  
Se havia de aceitar  
Ou até mesmo recusar. 
“És o amor da minha vida” 
Disse o rapaz quase a chorar 
“Por favor aceita 
Porque vamos estar os dois bem juntinhos no altar”. 
“Claro que vou aceitar 
Aposto que nenhuma mulher este homem iria desperdiçar” 
Disse a bela Infanta com muita ansiedade. 
Foram os dois 
Para um hotel de cinco estrelas  
Ficaram lá durante muitas horas  
Até que repararam que já era manhã cedo. 
Assim acaba esta história  
O amor é impossível  
Apenas o temos de vencer! 

Gonçalo Quaresma



Estava a Bela Infanta 
No seu tablet a jogar, 
Quando de repente 
O telemóvel começou a tocar. 

Era a sua amiga Paula, 
Tinha visto um belo vestido 
Na internet a pesquisar. 
-Queres ir às compras comigo? 

E lá foi a Infanta 
O autocarro apanhar, 
Foram até ao Shopping 
E também passear. 

Encontraram o vestido  
E mais umas coisas, é claro. 
Raparigas que não gostam de comprar 
Muitas roupas, é raro! 

Para a praia foram 
Depois de tudo comprado, 
Foram beber um sumo à esplanada 
E apanhar sol um bocado. 

O mar estava calmo 
E os pés foram molhar, 
Óbvio que tiraram uma selfie 
Para no Instagram postar! 

João Carlos



De manhã, estava a Bela Infanta, 
Na aula síncrona de PIC, atarefada. 
Quando alguém ligou a câmara, 
E a sua cara foi mostrada. 

A bela Infanta ficou espantada 
Tal cara não conhecia. 
Tentou resolver aquela charada, 
O desvendar do mistério começaria. 

Quem és tu menina? 
Não conheço tal dama. 
Andas a faltar às aulas, 
Olha que a prof. reclama. 

Então não me reconheces? 
Passo as aulas a falar. 
Já demos pontapés  
No recreio a jogar. 

Estou a ficar taralhouca, 
Não te estou a conhecer! 
Vamos jogar Fortnite, 
Uma skin te vou oferecer. 

Tal jogo não aprecio, 
E nem o sei jogar. 
Oferece-me outra coisa 
O meu nome vou desvendar. 

Envio-te a resolução dos TPC de matemática 
Se o teu nome revelares. 
Esta é a minha tática, 
Antes de bazares. 
  
Ah! Ah! Ah! Isso é que era doce, 
Eu sou barra nesta disciplina. 
Nem me compras com algodão doce, 
Nem com um bidão de gasolina. 

Então! Estás a fazer-te difícil? 
Queres mais uma oferta... 
Faço-te o teu trabalho de grupo, 
Pois eu sou muito esperta. 

Tu nem és do meu grupo! 
Não preciso da tua ajuda. 
O que tu queres sei eu... 
Cala a boca miúda! 

O que eu queria agora... 
Era ver o meu amor. 
Desde que apareceu este bicho, 
Sinto tanta dor! 

Olha bem para mim, 
Não te estás a recordar? 
Sou o teu Martin, 
O meu cabelo vou cortar. 

Aí esta quarentena! 
Que tanto mal me está a fazer. 
Já não te vejo há uma centena, 
Está a custar-me a valer. 

Apesar do distanciamento 
A conversa continuou... 
Não acabará em casamento, 
Mas, o amor retomou. 

João Duarte 


Estava a bela infanta sentada no sofá 
A beber o seu guaraná 
Agarrada ao computador 
Para ligar ao seu doutor 
Porque estava com covid 
E foi por isso que ligou ao doutor David  
Ele levou-a para o hospital 
E a bela infanta lá sentiu-se mal 
E entrou na urgência 
Mas mesmo assim ela estava com resistência 
Quando aquilo acabou ela em casa ficou 
Ela logo rodou 
Mas 2 semanas em casa teve de ficar 
Para os outros não infetar 
Logo pegou no seu computador 
Para ligar ao seu namorado encantador 

João Fróis

Estava a Bela Moçoila,
No seu trono sentada, 
Para que fique no registo: 
Do cadeirão da sala se tratava. 
Olhando pela janela, 
Ao telemóvel agarrada, 
Apenas via o imenso trânsito 
Já que, longe do mar estava. 
Bem que podia olhar, 
Aguardando a chegada 
Daquele que sempre, 
Mas sempre se atrasava! 
Perdendo a paciência, 
Coisa que nestes tempos escasseava, 
Volta a teclar no telemóvel 
Enquanto, toda ela, bufava! 
Depois de SMS, calls e videochamada 
Sem sinal nenhum do outro lado, 
O telefone dela quase voava! 
Sorte foi ter-se lembrado, do aviso do pai: 
- «Este Iphone foi-te dado, mas deste bolso 
outro não sai!» 
Neste tempo de modernice 
Começou logo a pesquisar, 
Instagram, Facebook e Twitter 
Para o rapaz despachar. 
Sorte a dele, ou não…, 
À porta dela apitou 
Ela pediu uma explicação 
E ele nem resmungou. 
- «Estava online com os meus tropas 
A combinar uma saída, 
‘Tá-se bem, não faças filmes 
Sabes que és a miúda mais gira?» 
Sem querer levantar ondas 
E porque estava esfomeada, 
Jogou o jogo do faz-de-conta 
E mostrou-se apaixonada. 
Ao Sushi foram jantar, 
Beberam uns copos na Sé, 
Com a noite a terminar, 
Ela regressa ao chalé. 
Assim que entrou em casa, 
No Instagram o bloqueou, 
- «Amigo… «baza», que eu para ti não sou!» 
E assim termina a história, 
De uma bela saída, 
Que não deu em casamento, 
Mas…quem casa, hoje em dia? 

Lia Gonçalves
  


Estava a Bela Infanta,                                   
No banco sentada, 
Com o seu PC trabalhava 
Trabalhava, no trabalho à distância. 
Virou os olhos para o lado 
Viu mensagens que não acabavam; 
Era número desconhecido, 
E em 2 minutos já conversavam. 
-”Diz-me lá 
Dessa tua longa caminhada, 
Se não viste por aí o meu namorado 
Na rua perto do cinema” 
“Andam tantos namorados 
Naquele novo cinema 
Diz tu, ó rapariga, 
Como era essa pessoa”. 
-”Levava o meu BMW branco, 
E é alto com um brinco na orelha esquerda; 
Na ponta da sua perna 
Tem uma foto do cão tatuada”. 
-”Pelas características que disseste 
Acho que o vi a atravessar a passadeira 
A morrer atropelado: 
Eu o culpado mataria.” 
-”Ai coitada de mim, coitada, 
Ai triste de mim, solteira! 
Três cães nós tínhamos, 
Todos com vacina para tomar!...” 
-”E o que é que darias tu, 
A quem o trouxesse para perto de ti?” 
-”Dava-lhe o meu IPhone 11pro Max,  
E a riqueza que valem os meus brincos de ouro.” 
-”Não quero nem ouro nem IPhone, 
Não chegam para mim: 
O que darias mais, 
A quem o trouxesse para perto de ti?” 
-”Das três mansões que tenho, 
Dou-te as três; 
Duas com piscina no México 
Outra à beira mar no Rio de Janeiro: 
Rico podes ficar! 
-”As tuas mansões não quero, 
Não chegam para mim: 
O que darias mais, 
A quem o trouxesse para perto de ti?” 
-”A minha casa 
Com telhas de ouro e prata.” 
-”A tua casa com telhas de ouro e prata 
Não chegam para mim: 
O que darias mais, 
A quem o trouxesse para perto de ti?” 
-”Dos três cães que eu e ele tínhamos, 
Todos eu te dava: 
Um para proteger a tua casa, 
Outro para estimação, 
E o mais inteligente dos três 
Para contigo caçar 
-”Os teus cães, infanta, 
Não chegam para mim: 
Dá-me outra coisa, infanta, 
Se quiseres que o traga para perto de ti.” 
-”Não tenho mais para te dar, 
E tu não paras de pedir.” 
-”Não deste tudo, 
Não te ofereceste a ti.” 
-”Rapaz que nem conheço, 
Que bom da cabeça não pode ser, 
Nem se fosse obrigada  
Faria tal burrice. 
Os meus cães são pequenos e ferozes 
Andam pelo meu jardim. 
Cães de guarda, os meus cães de guarda. 
Ataquem este rapaz sem juízo!” 
-”Este colar de ouro 
Que nos repartimos... 
Onde está a tua parte’ 
Pois a minha, está aqui!” 
-”Tanto tempo que esperei, 
Perguntei a tanta gente!... 
Pelo menos os bilhetes para o filme compraste 
E o telemóvel esqueceste aqui.” 

Madalena


Estava a Bela Infanta 
Na cama do seu quarto deitada 
Com o telemóvel na mão 
Pelo “insta” falava. 
Esta bela rapariga 
Com o namorado estava preocupada, 
Ele tinha ido para a discoteca 
E nunca mais voltava. 
Um rapaz com um belo perfil 
Disse-lhe que da discoteca regressava, 
E para a ajudar, perguntou 
Que roupa o namorado usava. 
-Usava calças largas e caídas 
 E um preto casaco de cabedal. 
 Além disso tem uma crista 
 E uma tatuagem de pardal. 
-Pelos sinais que me deste  
 Lá o vi com outra mulher. 
 Que darás tu, bela rapariga  
 A quem aqui o trouxer? 
-Quem aqui trouxer o meu amado 
 Em todas as redes sociais será divulgado. 
-Não preciso de divulgações 
 Em uma rede social qualquer. 
 Que darás mais, bela rapariga 
 A quem aqui o trouxer? 
-A quem aqui o trouxer 
 Um cartão presente vou oferecer. 
-Um cartão presente de outro alguém 
 Não demoro a receber. 
 Que darás tu, bela rapariga 
 A quem aqui o trouxer? 
-Quem aqui o trouxer 
 Um telemóvel novo vai receber. 
-Não preciso de um novo telemóvel 
  Nem de uma capa sequer. 
 Que darás tu, bela rapariga 
 A quem aqui o trouxer? 
-Nada mais te posso dar, 
 Não tenho dinheiro para mais nada comprar. 
-O que eu quero não é dinheiro 
 E é bem fácil de arranjar. 
 Quero-te a ti, Bela Infanta, 
 A meu lado para me amar. 
-Quem és tu, afinal 
 Que me queres fazer mal. 
-Então, meu amor, 
 Não me reconheces? 
 Por trás deste perfil marado 
 Está o teu fiel namorado! 

Mara

A adolescente Infanta estava, 
na esplanada sentada 
exibindo a sua tatuagem, 
numa postura mal-educada. 
A Bela Infanta com o seu  
penteado extravagante, 
faz um pedido ao garçon 
com um ar de pedante! 
Que deseja menina? 
Hoje temos sopa de feijão! 
Vem mesmo a calhar  
Para acalmar meu coração. 
Infanta de forma impulsiva  
retira o telemóvel da sacola, 
Entretanto chega o empregado: 
Hoje a menina não quer a coca-cola? 
A bela Infanta vai ao Google  
Pesquisar, onde o piercing vai fazer, 
no shopping vai passar  
não há tempo a perder! 
Infanta de espírito aventureiro, 
tudo serve de experimentação 
Saca do seu cigarreiro 
Tudo faz parte da sua afirmação. 
Aqui está o seu pedido, menina  
A melhor ementa da lista, 
Só lhe falta companhia... 
Mas eu não quero, sou individualista! 
Ela é o centro do mundo  
E vive de forma intensa,  
Parece que não há amanhã 
A Infanta assim pensa. 
Entre a pesquisa no google e comer  
o dia chegou ao fim, 
Nesta idade é tudo a correr, 
A vida parece sempre ruim! 
  
Micaela 


 Mónica era a dona de um lindo café 
Precisava de dinheiro, 
A conta do COVID, pois é. 
Um dia chegou um cliente 
Que a solução lhe deu 
Vamos por o teu café na net 
Num site de um amigo meu. 
Que site é esse afinal? 
Vais ver é o tal! 
Marcada a reunião 
Mónica foi com o seu cão 
Mónica viu o João 
E teve uma emoção 
Seria uma paixão? 
A tratar do site 
E palavra puxa palava 
O tempo a passar 
O café a prosperar 
E a paixão a aumentar 
Um dia foram jantar fora 
Juntinhos numa mesa 
O João fez saltar um anel 
E a questão colocara 
Mónica a chorar 
Disse sim, quero casar 

Rafael



Estava a Bela Infanta  
No seu carro sentada  
Com o coração aos saltos  
O namorado esperava  
Deitou olhos à rua  
Estava a chover  
Viu um belo rapaz a passar  
Abriu as portas do carro  
E rapidamente se pôs a falar 
-Olá rapaz, desculpa incomodar  
Mas viste o meu namorado a 
A chegar à paragem do autocarro? 
-Linda menina, por lá  
Tanta gente passava 
Diz-me que sinais ele levava  
-Ele levava calças de ganga, 
Camisa azul escura, 
Tatuagem no braço  
E um penteado igual à crista de um galo! 
-Pelos sinais que me dás  
Vi tanta gente assim 
-Ai coitada de mim 
Tenho o destino traçado  
Lá se foi o nosso jantar 
E o casamento vou ter que adiar 
-Linda menina  
Que me darias tu se eu o fosse procurar? 
-Dava-te o meu carro 
E um relógio caro 
-Não quero o teu carro, 
Não é o meu estilo 
Não quero um relógio pois muitos já tenho 
Dá-me outra coisa 
-Dou-te um rubi  
Ou um portátil para trabalhar 
-Não quero um rubi de certeza que é falso  
Não quero um portátil para trabalhar mais do que eu já trabalho 
-Não tenho mais que te dar 
Porque todo o meu dinheiro não quero gastar 
-Então meu amor  
Não me reconheces? 
Tenho as calças de ganga 
Camisa azul escura 
E a tatuagem no braço 
Tenho o anel de casamento 
Com a inicial do teu nome 
E onde está o teu? 
-Está aqui meu amor  
Mas com não te reconheci? 
-Querida começou a chover 
E uma molha apanhei 
A crista caiu  
E só depois o autocarro apanhei 
-Vamos “masé” para casa  
Para te secares 
E arranjares!  

Raquel



Estava a Bela Infanta  
A ver um jogo sentada 
Benfica – Sporting 
O derby que ela esperava 
Por causa de uma jogada 
Com Renan Ribeiro se irritou 
-Mas como é possível 
Ele não acertou!!!! 
-Até eu na playstation 
Melhor jogada fazia 
Estes nabos não sabem nada 
Até os comia!!!!! 
Chateada a Bela Infanta 
Começou a reclamar 
-Até eu fazia melhor! 
E nomes feios  
Começou a chamar 
Seu pai até aí sossegado 
Virou-se para a Infanta 
Com cara de irritado 
-Minha rica menina,
Não foi a educação que te dei 
Não fales dessa maneira 
Não foi isso que te ensinei 
-Desculpe paizinho,
Não foi minha intenção 
Irritei-me com o jogo 
E perdi a noção 
-Não gosto que fales mal 
Que é falta de educação 
Não se diz palavras feias 
Tens que ter moderação 
Depois de algum tempo a pensar 
A Bela Infanta exclamou: 
-Não podemos os outros insultar 
Só por estarmos chateados 
Podemos os nossos pensamentos expressar 
Sem os outros magoar! 

Rodrigo Aires


Ali estava a Bela Infanta, 
Na esplanada sentada. 
Toda feliz, 
Uma selfie tirava. 
Chega lá a sua irmã, 
Com ar de santinha. 
Como se não estivesse sempre, 
A jogar com a vizinha. 
Estás sempre a tirar selfies, 
És uma viciada. 
No Instagram, 
Estás muito preocupada. 
E tu minha irmãzinha, 
Estás sempre a jogar. 
Não te faças de santinha, 
Não tens nada que argumentar. 
Ok, tens razão, 
Não somos diferentes. 
Mas do nosso vício, 
Temos de estar conscientes. 
Minha irmã tu tens razão, 
Vamos conversar. 
Estamos a perder a relação, 
Vamos o telemóvel desligar. 

Rodrigo Felizardo




Estava a Bela Infanta                                                         
No Instagram a mexericar  
Quando postou a sua foto 
Foi uma chuva de likes a desabar 

Entretanto recebeu uma mensagem 
Que lhe chamou muito á atenção
Era um moreno musculado 
Surfista de alta competição  

 Era tudo o que ela queria  
 Um rapaz jeitoso 
 Que a convidou para sair  
 Vai ser um dia maravilhoso!!! 

Depois de tanto esperar  
Finalmente ele chegou 
Com um brinquinho na orelha 
                                                                                        
Toda a gente o admirou  
Depois muito conversar 
Para a praia foram surfar 
Cortaram ondas gigantes 
Sem medo do alto mar 
                                               
Às suas filhas contou 
Com um sorriso alargado 
Encontrei um belo homem
Para futuro namorado  
                                             
Infanta agradece às novas tecnologias 
Pois com o seu IPhone de última geração
Conheceu o seu príncipe  
Que roubou o seu coração    
                                            
Sara


Estava a jovem infanta 
Na esplanada sentada 
Com uma máscara na mão 
Um cigarro fumava 
Olhou em redor 
Procurando o namorado 
Estava preocupada 
Pois ele não voltava 
Tinha ido ao supermercado 
E naquele lugar 
Tinham combinado se encontrar 
Nisto chegou um rapaz 
Que começou a questionar: 
-Pode-me ajudar? 
Viu o meu namorado 
Que está às compras no supermercado? 
-Há tanta gente lá 
Nesta época complicada 
Diz-me, ó menina  
O que é que ele levava 
-Levava calças brancas 
Ao fundo das ancas 
Um casaco de ganga 
Todo roto no peito e na manga 
Um colar de metal  
Como uma corrente, 
E um piercing no dente 
Uma máscara de pano 
E umas sapatilhas  
Cor do Oceano. 
-E o que darias  
A quem to encontrasse? 
-Daria papel higiénico  
Devido ao vírus patogénico 
Ah! Já tenho muito armazenado 
O que darias mais a quem to trouxera aqui  
-Daria álcool em gel e oxigenado 
É bastante importante 
Neste tempo sufocante 
-Basta lavar as mãos com sabão 
Tenho ou não razão? 
-E uma máscara de pano 
Daquelas que dão a melhor proteção ?
-Sei fazer máscaras 
Usando o meu tecido da Guiné  
E filtros de café 
-Então não sei mais o que te possa dar 
Para o meu namorado poder encontrar 
Agora o rapaz tirando  
A máscara e os óculos de sol 
Diz: 
-Agora percebo 
O amor que tens por mim. 
A nossa história não pode ter fim! 
-Ainda bem que estás aqui 
Este enorme tempo de espera 
Estava a dar cabo de mim! 

 Tiago

A Bela Infanta não larga o telemóvel 
Nem para dormir 
Nem para andar de automóvel 
É uma viciada 
A sua família acha que é doença 
Mas a infanta obstinada 
Considera uma ofensa 
A Infanta está sempre em casa 
Com o seu marido 
Um homem muito esperto 
E divertido 
Mas agora com o vício da esposa 
Ele anda muito deprimido 
Mas tem esperança que um dia 
Aquele vício será esquecido 

 Tomás

Estava a bela infanta
A ouvir música e a cantar
quando ouviu o telemóvel
com uma chamada a tocar 
Era a sua mãe
tinha de atender
mas a sua música
não queria interromper 
A sua mãe queria
que ela fosse
ao parque brincar
e para parar de estar sempre a jogar 
A bela infanta
disse que já ninguém ia
então a mãe afirmou
vai brincar com a Maria 
Ele foi com a amiga
para a rua brincar
mas o telemóvel
não queria largar 
Quando chegou a casa
foi logo para a televisão
quando sua mãe a viu
deu lhe logo um sermão 
A bela infanta
pediu perdão
e foi brincar
com o irmão. 

Rodrigo Lopes



  
Estava na praia a Beatriz,  
Uma menina linda de pasmar,  
A espera do namorado  
Que tinha ido pescar.  
 -Ai! Onde se meteu o homem,  
Espero que não na boca de um tubarão!  
Estava um barco a atracar 
Então foi com a mão  
Buscar a máscara para perguntar: 
 -Viu o meu homem a pescar?  
 - Não, mas posso-o procurar!  
Como é que ele é?  
 -Lindo de morrer  
Tão bem o consigo descrever: 
Alto, louro e olhos azuis  
E um sorriso de encantar!  
Para além de ser bonito  
É bem-educado e preocupa-se comigo!  
Então o homem tira a viseira e a máscara  
E diz: 
-Agora percebo porque é que vou contigo casar  
E com quem a vida passar! 


João Martins


Estava a Bela Infanta 
Na sua varanda a ver o pôr do sol, 
Viu o seu vizinho giro, deu um suspiro 
E correu para ele. 

E disse: Olá, tens um cão muito giro! 
Ele respondeu: obrigada, é o Jamantha! 
Que lindo que ele é! 
Parece o cão do Barnabé... 

Queres ir passear comigo? 
Não sei se consigo, 
Estou cheia de vergonha!  

Eu sou teu amigo! 
Por isso vem comigo, 
E não sejas medonha! 

Os amigos João e Infanta 
Foram passear o Jamantha  
Para um dia alcançar, 
Onde sempre quiseram chegar! 

 Carolina


A Bela Infanta à beira mar 
O horizonte estava a apreciar 
Coronavírus à porta 
Mascara posta 
Que no fim do verão não quer estar morta 
Que muita vida há de dar à costa 

 Gonçalo Dinis



Estava a bela senhora 
No seu jardim a apanhar sol, 
Com o seu telemóvel 
As suas redes sociais consultava. 
Viu um polícia a passar 
Com máscara, a cara a tapar. 
  
- « Diga-me, ó Sr. Polícia 
durante essa sua patrulha 
viu o meu marido por aí a andar à bulha ? » 
-« Anda tanto malandro 
nesses bares fora 
Diga-me, minha senhora, 
Mais sobre o homem» 
- « Ia no seu Renault branco 
com as portas douradas 
no retrovisor 
um terço pendurado » 
- « Pela sua descrição 
estava a tossir no supermercado 
foi uma forma de COVID 
estava asfixiado. » 
-« Ai meu Deus 
devo estar contaminada 
e as minhas três filhas 
também covidadas » 
-« Que darias para se 
curar ? » 
-« Dava o meu dinheiro todo 
e mais o que pudesse » 
-« Não quero o seu dinheiro, 
o que daria mais a quem a curasse a si ? » 
-« Dava a casa 
que herdei do meu avó Joaquim » 
-« Não quero nada disso, 
Não tem mais para me dar ? 
Então vou patrulhar !» 
-« Dou-lhe as minha joias 
se me curar a mim » 
- « Não quero isso para mim, 
Que mais ? » 
-« Não tenho mais nada para lhe dar ! » 
-« Tens sim, podia dar uma volta comigo… » 
-« Que espécie de polícia é ?? 
Vou fazer queixa de si aos seus superiores » 
-« Que espécie de mulher és tu ? 
Tenho que retirar a minha máscara 
Para me reconheceres ! » 
- « Que brincadeira sem graça 
Estou farta de te ligar e não me atendes ! 
Vamos mas é jantar 
Antes que eu me comece a enervar ! » 
  
Samuel