Mais um desafio superado!
Esta tarefa era bem "complicada" e exigente, mas os meninos do 6º F e as suas famílias não desistem.
Resultaram trabalhos muito bons e com bastante humor. Vale a pena ler!!!
Parabéns a todos pela persistência e teimosia!!
“A Bela Infanta do
séc. XXI”
Estava a bela Infanta
No seu quarto deitada
Ouviu grande alarido
Foi à janela
De pijama vestido
Viu grande ajuntamento
Ficou horrorizada!
Em tempo de pandemia
Toda a gente ali apertada!
Chamou um polícia
Relatou a confusão
Mas de repente lembrou-se
Do seu namorado João!
Estava demorado
Tinha ido comprar pão
À padaria do supermercado.
A bela Infanta perguntou:
-Viu o meu namorado João?
Estou preocupada!
Ele foi comprar pão, levava máscara,
Um saco na mão, camisa ao xadrez
E não levava mais nada!
-Ó menina, não vi o teu namorado!
Mas posso encontrá-lo
O que ganho eu com isso?
-O reconhecimento pelo serviço.
-Eu queria era aumento no salário!
-Isso não posso fazer
Mas ao seu chefe o posso dizer!
-Conversa fiada!
É difícil acreditar,
A polícia está cansada,
Dos seus direitos manifestar
Até a farda que veste
Cada um tem que comprar!
-Lamento Sr. Polícia,
Mas o que eu quero então,
É que encontre o meu João!
-Já lhe mandou uma mensagem,
Para o telemóvel?
-Claro que não!
Ele deixou-o cá em casa,
Apenas levou o saco na mão!
-Há quanto tempo saiu,
Para ficar tão preocupada?
-Bem cedo! Ainda mal estava
acordada!
-Calma menina!
De certeza está na fila, a esperar pela sua
vez!
-Vou espreitar a confusão,
E ver com muita atenção,
Vestia calças azuis e camisa ao xadrez...
Já o vejo lá ao longe,
Com o saco na mão,
Afinal está tudo bem,
Com o meu querido João!
Francisco Fernandes Moreira
Num dia quente de verão
Estava sentada a bela Infanta
Numa cadeira prateada
Que até levava uma boa mangueirada.
No WhatsApp estava a falar
Com a sua amiga encantada
Parou imediatamente
Por ver um rapaz a pedir-lhe para casar.
Ficou totalmente corada
Pois não sabia o que dizer
Se havia de aceitar
Ou até mesmo recusar.
“És o amor da minha vida”
Disse o rapaz quase a chorar
“Por favor aceita
Porque vamos estar os dois bem
juntinhos no altar”.
“Claro que vou aceitar
Aposto que nenhuma mulher este homem iria
desperdiçar”
Disse a bela Infanta com muita ansiedade.
Foram os dois
Para um hotel de cinco estrelas
Ficaram lá durante muitas horas
Até que repararam que já era manhã cedo.
Assim acaba esta história
O amor é impossível
Apenas o temos de vencer!
Gonçalo Quaresma
Estava a Bela Infanta
No seu tablet a jogar,
Quando de repente
O telemóvel começou a tocar.
Era a sua amiga Paula,
Tinha visto um belo vestido
Na internet a pesquisar.
-Queres ir às compras comigo?
E lá foi a Infanta
O autocarro apanhar,
Foram até ao Shopping
E também passear.
Encontraram o vestido
E mais umas coisas, é claro.
Raparigas que não gostam de comprar
Muitas roupas, é raro!
Para a praia foram
Depois de tudo comprado,
Foram beber um sumo à esplanada
E apanhar sol um bocado.
O mar estava calmo
E os pés foram molhar,
Óbvio que tiraram uma selfie
Para no Instagram postar!
João Carlos
De manhã, estava a Bela Infanta,
Na aula síncrona de PIC, atarefada.
Quando alguém ligou
a câmara,
E a sua cara foi mostrada.
A bela Infanta ficou espantada
Tal cara não conhecia.
Tentou resolver aquela charada,
O desvendar do mistério começaria.
Quem és tu menina?
Não conheço tal dama.
Andas a faltar às aulas,
Olha que a prof. reclama.
Então não me reconheces?
Passo as aulas a falar.
Já demos pontapés
No recreio a jogar.
Estou a ficar taralhouca,
Não te estou a conhecer!
Vamos jogar Fortnite,
Uma skin te vou oferecer.
Tal jogo não aprecio,
E nem o sei jogar.
Oferece-me outra coisa
O meu nome vou desvendar.
Envio-te a resolução dos TPC de
matemática
Se o teu nome revelares.
Esta é a minha tática,
Antes de bazares.
Ah! Ah! Ah! Isso é que
era doce,
Eu sou barra nesta disciplina.
Nem me compras com algodão doce,
Nem com um bidão de gasolina.
Então! Estás a fazer-te difícil?
Queres mais uma oferta...
Faço-te o teu trabalho de grupo,
Pois eu sou muito esperta.
Tu nem és do meu grupo!
Não preciso da tua ajuda.
O que tu queres sei eu...
Cala a boca miúda!
O que eu queria agora...
Era ver o meu amor.
Desde que apareceu este bicho,
Sinto tanta dor!
Olha bem para mim,
Não te estás a recordar?
Sou o teu Martin,
O meu cabelo vou cortar.
Aí esta quarentena!
Que tanto mal me está a
fazer.
Já não te vejo há uma
centena,
Está a custar-me a valer.
Apesar do distanciamento
A conversa continuou...
Não acabará em casamento,
Mas, o amor retomou.
João Duarte
Estava a bela infanta sentada no sofá
A beber o seu guaraná
Agarrada ao computador
Para ligar ao seu doutor
Porque estava com covid
E foi por isso que ligou ao
doutor David
Ele levou-a para o hospital
E a bela infanta lá sentiu-se mal
E entrou na urgência
Mas mesmo assim ela estava
com resistência
Quando aquilo acabou ela em casa ficou
Ela logo rodou
Mas 2 semanas em casa teve de ficar
Para os outros não infetar
Logo pegou no seu computador
Para ligar ao seu namorado encantador
João Fróis
Estava
a Bela Moçoila,
No seu trono sentada,
Para
que fique no registo:
Do
cadeirão da sala se tratava.
Olhando
pela janela,
Ao
telemóvel agarrada,
Apenas
via o imenso trânsito
Já
que, longe do mar estava.
Bem
que podia olhar,
Aguardando
a chegada
Daquele
que sempre,
Mas
sempre se atrasava!
Perdendo
a paciência,
Coisa
que nestes tempos escasseava,
Volta
a teclar no telemóvel
Enquanto,
toda ela, bufava!
Depois
de SMS, calls e videochamada
Sem
sinal nenhum do outro lado,
O
telefone dela quase voava!
Sorte
foi ter-se lembrado, do aviso do pai:
-
«Este Iphone foi-te dado, mas deste bolso
outro
não sai!»
Neste
tempo de modernice
Começou
logo a pesquisar,
Instagram,
Facebook e Twitter
Para
o rapaz despachar.
Sorte
a dele, ou não…,
À
porta dela apitou
Ela
pediu uma explicação
E
ele nem resmungou.
-
«Estava online com os meus tropas
A
combinar uma saída,
‘Tá-se bem,
não faças filmes
Sabes
que és a miúda mais gira?»
Sem
querer levantar ondas
E
porque estava esfomeada,
Jogou
o jogo do faz-de-conta
E
mostrou-se apaixonada.
Ao
Sushi foram jantar,
Beberam
uns copos na Sé,
Com
a noite a terminar,
Ela
regressa ao chalé.
Assim
que entrou em casa,
No
Instagram o bloqueou,
-
«Amigo… «baza», que eu para ti não sou!»
E
assim termina a história,
De
uma bela saída,
Que não deu em casamento,
Mas…quem casa, hoje em dia?
Lia Gonçalves
Estava a Bela Infanta,
No banco sentada,
Com o seu PC trabalhava
Trabalhava, no trabalho à distância.
Virou os olhos para o lado
Viu mensagens que não acabavam;
Era número desconhecido,
E em 2 minutos já conversavam.
-”Diz-me lá
Dessa tua longa caminhada,
Se não viste por aí o meu namorado
Na rua perto do cinema”
“Andam tantos namorados
Naquele novo cinema
Diz tu, ó rapariga,
Como era essa pessoa”.
-”Levava o meu BMW branco,
E é alto com um brinco na orelha
esquerda;
Na ponta da sua perna
Tem uma foto do cão tatuada”.
-”Pelas características que
disseste
Acho que o vi a atravessar a
passadeira
A morrer atropelado:
Eu o culpado mataria.”
-”Ai coitada de mim, coitada,
Ai triste de mim, solteira!
Três cães nós tínhamos,
Todos com vacina para tomar!...”
-”E o que é que darias tu,
A quem o trouxesse para perto de ti?”
-”Dava-lhe o
meu IPhone 11pro Max,
E a riqueza que valem os meus brincos de
ouro.”
-”Não quero nem ouro nem IPhone,
Não chegam para mim:
O que darias mais,
A quem o trouxesse para perto de ti?”
-”Das três mansões que tenho,
Dou-te as três;
Duas com piscina no México
Outra à beira mar no Rio de Janeiro:
Rico podes ficar!
-”As tuas mansões não quero,
Não chegam para mim:
O que darias mais,
A quem o trouxesse para perto de ti?”
-”A minha casa
Com telhas de ouro e prata.”
-”A tua casa com telhas de ouro e
prata
Não chegam para mim:
O que darias mais,
A quem o trouxesse para perto de ti?”
-”Dos três cães que eu e ele
tínhamos,
Todos eu te dava:
Um para proteger a tua casa,
Outro para estimação,
E o mais inteligente dos três
Para contigo caçar
-”Os teus cães, infanta,
Não chegam para mim:
Dá-me outra coisa, infanta,
Se quiseres que o traga para perto de
ti.”
-”Não tenho mais para te dar,
E tu não paras de pedir.”
-”Não deste tudo,
Não te ofereceste a ti.”
-”Rapaz que nem conheço,
Que bom da cabeça não pode ser,
Nem se fosse obrigada
Faria tal burrice.
Os meus cães são pequenos e ferozes
Andam pelo meu jardim.
Cães de guarda, os meus cães de
guarda.
Ataquem este rapaz sem juízo!”
-”Este colar de ouro
Que nos repartimos...
Onde está a tua parte’
Pois a minha, está aqui!”
-”Tanto tempo que esperei,
Perguntei a tanta gente!...
Pelo menos os bilhetes para o
filme compraste
E o telemóvel esqueceste aqui.”
Madalena
Estava a Bela Infanta
Na cama do seu quarto deitada
Com o telemóvel na mão
Pelo “insta” falava.
Esta bela rapariga
Com o namorado estava preocupada,
Ele tinha ido para a discoteca
E nunca mais voltava.
Um rapaz com um belo perfil
Disse-lhe que da discoteca regressava,
E para a ajudar, perguntou
Que roupa o namorado usava.
-Usava calças largas e caídas
E um preto casaco de cabedal.
Além disso tem uma crista
E uma tatuagem de pardal.
-Pelos sinais que me deste
Lá o vi com outra mulher.
Que darás tu, bela
rapariga
A quem aqui o trouxer?
-Quem aqui trouxer o meu amado
Em todas as redes sociais será
divulgado.
-Não preciso de divulgações
Em uma rede social qualquer.
Que darás mais, bela rapariga
A quem aqui o trouxer?
-A quem aqui o trouxer
Um cartão presente vou oferecer.
-Um cartão presente de outro alguém
Não demoro a receber.
Que darás tu, bela rapariga
A quem aqui o trouxer?
-Quem aqui o trouxer
Um telemóvel novo vai receber.
-Não preciso de um novo telemóvel
Nem de uma capa sequer.
Que darás tu, bela rapariga
A quem aqui o trouxer?
-Nada mais te posso dar,
Não tenho dinheiro para mais nada
comprar.
-O que eu quero não é dinheiro
E é bem fácil de arranjar.
Quero-te a ti, Bela Infanta,
A meu lado para me amar.
-Quem és tu, afinal
Que me queres fazer mal.
-Então, meu amor,
Não me reconheces?
Por trás deste perfil
marado
Está o teu fiel namorado!
Mara
A adolescente Infanta estava,
na esplanada sentada
exibindo a sua tatuagem,
numa postura mal-educada.
A Bela Infanta com o seu
penteado extravagante,
faz um pedido ao garçon
com um ar de pedante!
Que deseja menina?
Hoje temos sopa de feijão!
Vem mesmo a calhar
Para acalmar meu coração.
Infanta de forma impulsiva
retira o telemóvel da sacola,
Entretanto chega o empregado:
Hoje a menina não quer a coca-cola?
A bela Infanta vai ao Google
Pesquisar, onde o piercing vai fazer,
no shopping vai passar
não há tempo a perder!
Infanta de espírito aventureiro,
tudo serve de experimentação
Saca do seu cigarreiro
Tudo faz parte da sua afirmação.
Aqui está o seu pedido, menina
A melhor ementa da lista,
Só lhe falta companhia...
Mas eu não
quero, sou individualista!
Ela é o centro do mundo
E vive de forma intensa,
Parece que não há amanhã
A Infanta assim pensa.
Entre a pesquisa no google e comer
o dia chegou ao fim,
Nesta idade é tudo a correr,
A vida parece sempre ruim!
Micaela
Mónica era a dona de um lindo
café
Precisava de dinheiro,
A conta do COVID, pois é.
Um dia chegou um cliente
Que a solução lhe deu
Vamos por o teu café na net
Num site de um amigo meu.
Que site é esse afinal?
Vais ver é o tal!
Marcada a reunião
Mónica foi com o seu cão
Mónica viu o João
E teve uma emoção
Seria uma paixão?
A tratar do site
E palavra puxa palava
O tempo a passar
O café a prosperar
E a paixão a aumentar
Um dia foram jantar fora
Juntinhos numa mesa
O João fez saltar um anel
E a questão colocara
Mónica a chorar
Disse sim, quero casar
Rafael
Estava a Bela Infanta
No seu carro sentada
Com o coração aos saltos
O namorado esperava
Deitou olhos à rua
Estava a chover
Viu um belo rapaz a passar
Abriu as portas do carro
E rapidamente se pôs a falar
-Olá rapaz, desculpa incomodar
Mas viste o meu namorado a
A chegar à paragem do autocarro?
-Linda menina, por lá
Tanta gente passava
Diz-me que sinais ele levava
-Ele levava calças de ganga,
Camisa azul escura,
Tatuagem no braço
E um penteado igual à crista de um
galo!
-Pelos sinais que me dás
Vi tanta gente assim
-Ai coitada de mim
Tenho o destino traçado
Lá se foi o nosso jantar
E o casamento vou ter que
adiar
-Linda menina
Que me darias tu se eu o fosse
procurar?
-Dava-te o meu carro
E um relógio caro
-Não quero o teu carro,
Não é o meu estilo
Não quero um relógio pois muitos já
tenho
Dá-me outra coisa
-Dou-te um rubi
Ou um portátil para trabalhar
-Não quero um rubi de certeza que é
falso
Não quero um portátil para trabalhar mais do
que eu já trabalho
-Não tenho mais que te dar
Porque todo o meu dinheiro não quero
gastar
-Então meu amor
Não me reconheces?
Tenho as calças de ganga
Camisa azul escura
E a tatuagem no braço
Tenho o anel de casamento
Com a inicial do teu nome
E onde está o teu?
-Está aqui meu amor
Mas com não te reconheci?
-Querida começou a chover
E uma molha apanhei
A crista caiu
E só depois o autocarro apanhei
-Vamos “masé” para
casa
Para te secares
E arranjares!
Raquel
Estava a Bela Infanta
A ver um jogo sentada
Benfica – Sporting
O derby que ela esperava
Por causa de uma jogada
Com Renan Ribeiro se irritou
-Mas como é possível
Ele não acertou!!!!
-Até eu na playstation
Melhor jogada fazia
Estes nabos não sabem nada
Até os comia!!!!!
Chateada a Bela Infanta
Começou a reclamar
-Até eu fazia melhor!
E nomes feios
Começou a chamar
Seu pai até aí sossegado
Virou-se para a Infanta
Com cara de irritado
-Minha rica menina,
Não foi a educação que te dei
Não fales dessa maneira
Não foi isso que te ensinei
-Desculpe paizinho,
Não foi minha intenção
Irritei-me com o jogo
E perdi a noção
-Não gosto que fales mal
Que é falta de educação
Não se diz palavras feias
Tens que ter moderação
Depois de algum tempo a pensar
A Bela Infanta exclamou:
-Não podemos os outros insultar
Só por estarmos chateados
Podemos os nossos pensamentos
expressar
Sem os outros magoar!
Rodrigo Aires
Ali estava a Bela Infanta,
Na esplanada sentada.
Toda feliz,
Uma selfie tirava.
Chega lá a sua irmã,
Com ar de santinha.
Como se não estivesse sempre,
A jogar com a vizinha.
Estás sempre a tirar selfies,
És uma viciada.
No Instagram,
Estás muito preocupada.
E tu minha irmãzinha,
Estás sempre a jogar.
Não te faças de santinha,
Não tens nada que argumentar.
Ok, tens razão,
Não somos diferentes.
Mas do nosso vício,
Temos de estar conscientes.
Minha irmã tu tens razão,
Vamos conversar.
Estamos a perder a relação,
Vamos o telemóvel desligar.
Rodrigo Felizardo
Estava
a Bela
Infanta
No
Instagram a mexericar
Quando
postou a sua foto
Foi
uma chuva de likes a desabar
Entretanto recebeu
uma mensagem
Que
lhe chamou muito á atenção
Era
um moreno musculado
Surfista
de alta competição
Era
tudo o que ela queria
Um
rapaz jeitoso
Que
a convidou para sair
Vai
ser um dia maravilhoso!!!
Depois de
tanto esperar
Finalmente
ele chegou
Com um brinquinho na orelha
Toda
a gente o admirou
Depois
muito conversar
Para a
praia foram surfar
Cortaram
ondas gigantes
Sem
medo do alto mar
Às suas
filhas contou
Com
um sorriso alargado
Encontrei um belo homem
Para futuro namorado
Infanta
agradece às novas tecnologias
Pois com o seu IPhone de última geração
Conheceu o seu príncipe
Que roubou o seu coração
Sara
Estava a jovem infanta
Na esplanada sentada
Com uma máscara na mão
Um cigarro fumava
Olhou em redor
Procurando o namorado
Estava preocupada
Pois ele não voltava
Tinha ido ao supermercado
E naquele lugar
Tinham combinado se encontrar
Nisto chegou um rapaz
Que começou a questionar:
-Pode-me ajudar?
Viu o meu namorado
Que está às compras no supermercado?
-Há tanta gente lá
Nesta época complicada
Diz-me, ó menina
O que é que ele levava
-Levava calças brancas
Ao fundo das ancas
Um casaco de ganga
Todo roto no peito e na manga
Um colar de metal
Como uma corrente,
E um piercing no dente
Uma máscara de pano
E umas sapatilhas
Cor do Oceano.
-E o que darias
A quem to encontrasse?
-Daria papel higiénico
Devido ao vírus patogénico
Ah! Já tenho muito armazenado
O que darias mais a quem to trouxera
aqui
-Daria álcool em gel e oxigenado
É bastante importante
Neste tempo sufocante
-Basta lavar as mãos com sabão
Tenho ou não razão?
-E uma máscara de pano
Daquelas que dão a melhor proteção ?
-Sei fazer máscaras
Usando o meu tecido da Guiné
E filtros de café
-Então não sei mais o que te possa dar
Para o meu namorado poder encontrar
Agora o rapaz tirando
A máscara e os óculos de sol
Diz:
-Agora percebo
O amor que tens por mim.
A nossa história não pode ter fim!
-Ainda bem que estás aqui
Este enorme tempo de espera
Estava a dar cabo de mim!
Tiago
A Bela Infanta não larga o
telemóvel
Nem para dormir
Nem para andar de automóvel
É uma viciada
A sua família acha que é doença
Mas a infanta obstinada
Considera uma ofensa
A Infanta está sempre em casa
Com o seu marido
Um homem muito esperto
E divertido
Mas agora com o vício da esposa
Ele anda muito deprimido
Mas tem esperança que um dia
Aquele vício será esquecido
Tomás
Estava
a bela infanta
A ouvir música e a cantar
quando ouviu o telemóvel
com uma chamada a tocar
Era
a sua mãe
tinha de atender
mas a sua música
não queria interromper
A
sua mãe queria
que ela fosse
ao parque brincar
e para parar de estar sempre a jogar
A
bela infanta
disse que já ninguém ia
então a mãe afirmou
vai brincar com a Maria
Ele
foi com a amiga
para a rua brincar
mas o telemóvel
não queria largar
Quando
chegou a casa
foi logo para a televisão
quando sua mãe a viu
deu lhe logo um sermão
A
bela infanta
pediu perdão
e foi brincar
com o irmão.
Rodrigo Lopes
Estava na praia a Beatriz,
Uma menina linda de pasmar,
A espera do namorado
Que tinha ido pescar.
-Ai! Onde se meteu o
homem,
Espero que não na boca de um
tubarão!
Estava um barco a atracar
Então foi com a mão
Buscar a máscara para perguntar:
-Viu o meu homem a
pescar?
- Não,
mas posso-o procurar!
Como é que ele é?
-Lindo de morrer
Tão bem o consigo descrever:
Alto, louro e olhos azuis
E um sorriso de encantar!
Para além de ser bonito
É bem-educado e preocupa-se
comigo!
Então o homem tira a viseira e a
máscara
E diz:
-Agora percebo porque é que vou
contigo casar
E com quem a vida passar!
João Martins
Estava a Bela Infanta
Na sua varanda a ver o pôr do sol,
Viu o seu vizinho giro, deu um suspiro
E correu para ele.
E disse: Olá, tens um cão muito giro!
Ele respondeu: obrigada,
é o Jamantha!
Que lindo que ele é!
Parece o cão do Barnabé...
Queres ir passear comigo?
Não sei se consigo,
Estou cheia de vergonha!
Eu sou teu amigo!
Por isso vem comigo,
E não sejas medonha!
Os amigos João e Infanta
Foram passear o Jamantha
Para um dia alcançar,
Onde sempre quiseram chegar!
Carolina
A Bela Infanta à beira mar
O horizonte estava a apreciar
Coronavírus à porta
Mascara posta
Que no fim do verão não quer estar
morta
Que muita vida há de dar à costa
Gonçalo Dinis
Estava a bela senhora
No seu jardim a apanhar sol,
Com o seu telemóvel
As suas redes sociais consultava.
Viu um polícia a passar
Com máscara, a cara a tapar.
- « Diga-me, ó Sr. Polícia
durante essa sua patrulha
viu o meu marido por aí a andar à bulha ?
»
-« Anda tanto malandro
nesses bares fora
Diga-me, minha senhora,
Mais sobre o homem»
- « Ia no seu Renault branco
com as portas douradas
no retrovisor
um terço pendurado »
- « Pela sua descrição
estava a tossir no supermercado
foi uma forma de COVID
estava asfixiado. »
-« Ai meu Deus
devo estar contaminada
e as minhas três filhas
também covidadas »
-« Que darias para se
curar ? »
-« Dava o meu dinheiro todo
e mais o que pudesse »
-« Não quero o seu dinheiro,
o que daria mais a quem a curasse a si ?
»
-« Dava a casa
que herdei do meu avó Joaquim »
-« Não quero nada disso,
Não tem mais para me dar ?
Então vou patrulhar !»
-« Dou-lhe as minha joias
se me curar a mim »
- « Não quero isso para mim,
Que mais ? »
-« Não tenho mais nada para lhe dar !
»
-« Tens sim, podia dar uma volta comigo…
»
-« Que espécie de polícia é ??
Vou fazer queixa de si aos seus superiores
»
-« Que espécie de mulher és tu ?
Tenho que retirar a minha máscara
Para me reconheceres ! »
- « Que brincadeira sem graça
Estou farta de te ligar e não me atendes
!
Vamos mas é jantar
Antes que eu me comece a enervar ! »
Samuel