O Texto Poético
... é um texto criativo que exprime sentimentos, emoções, pensamentos e maneiras de ver e ouvir o mundo. Tem como objetivo procurar a beleza, através da musicalidade das palavras e da variedade de recursos expressivos.
Os poemas não têm de ter sempre rima... nem têm de ter sempre estrofes de quatro versos!!
No entanto a rima, o ritmo, a musicalidade e os jogos de palavras tornam os textos apelativos e que facilmente memorizamos.
É o que se passa com as lengalengas, os trava-línguas ...
Os poemas não têm de ter sempre rima... nem têm de ter sempre estrofes de quatro versos!!
No entanto a rima, o ritmo, a musicalidade e os jogos de palavras tornam os textos apelativos e que facilmente memorizamos.
É o que se passa com as lengalengas, os trava-línguas ...
(recurso com autoria da Prof. Paula Almeida)
(recurso com autoria da Prof. Paula Almeida)
Mas a poesia é também um estado de alma e, através dela, podemos sonhar, viajar e exprimir os nossos sentimentos...
ATLÂNTICO
Mar
Metade da minha alma é feita de maresia.
[Sophia de Mello Breyner]
Metade da minha alma é feita de maresia.
[Sophia de Mello Breyner]
AQUELA NUVEM
– É tão bom ser nuvem,
ter um corpo leve,
e passar, passar.
– Leva-me contigo.
Quero ver Granada.
Quero ver o mar.
– Granada é longe,
o mar é distante,
não podes voar.
– Para que te serve
ser nuvem, se não
me podes levar?
– Serve para te ver.
E passar, passar.
[Eugénio de Andrade]
Mistérios da Escrita
Escrevi a palavra flor.
Um girassol nasceu no deserto de papel.
Era um girassol como é um girassol.
Endireitou o caule, sacudiu as pétalas e perfumou o ar.
Voltou a cabeça
à procura do sol
E deixou cair dois grãos de pólen
sobre a mesa.
Depois cresceu até ficar com a ponta de uma pétala
fora da Natureza.
[Álvaro Magalhães]
UMA NOVA PALAVRA
diferente das outras palavras
que cansei de repetir,
uma palavra de vento
Uma palavra que o tempo
seja incapaz de ferir.
Eu quero uma nova palavra,
mistura de sol e de frio,
de barcos descendo um rio,
cheia de céu e de mar.
Eu quero uma nova palavra
aberta de par em par
como o rosto de um menino
com paisagens no ouvido
E cantigas no olhar.
[João Pedro Mésseder]
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