segunda-feira, 27 de maio de 2019

O Texto Dramático



BREVE HISTÓRIA DO TEATRO


Tal como o conhecemos hoje, o Teatro nasceu na Grécia Antiga, intimamente ligado aos festivais religiosos em honra do deus Dioniso (deus da Alegria). De início havia só dois grandes géneros teatrais, dos quais já deves ter ouvido falar: a tragédia (que tratava de assuntos sérios) e a comédia (que tratava de assuntos cómicos). De facto, as representações teatrais assumiram uma importância tal no seio da civilização grega que se fizeram imponentes anfiteatros, edificados exclusivamente para esse fim.
Quando a Grécia foi conquistada por Roma, os invasores apreciaram muito as representações teatrais gregas. Daí se explica que tenham importado esta forma de fazer teatro para o seu próprio território. Mas não o decalcaram integralmente: adaptaram-no à sua realidade.

À semelhança dos gregos, também os romanos construíram enormes e imponentes teatros para albergar as representações teatrais. A mais célebre destas construções foi, sem dúvida, o Coliseu. O triunfo do Cristianismo ditou o fim das representações teatrais. Mas seria mesmo o fim do Teatro?





Na verdade, o Teatro vai ressurgir no século IX, pela mão de quem tão veementemente o proibira – a Igreja. A popularidade de peças de temas religiosos cresce e expande-se do interior da igreja para o ar livre, no adro das igrejas. 




Em Portugal, no séc. XVI, aparece, então, um dos maiores vultos do Teatro Nacional, Gil Vicente, autor de uma extensa obra teatral (nomeadamente o Auto da Barca do Inferno). Destaca-se também António Ferreira, autor da tragédia Castro, obra essa que retrata os amores de D. Pedro e D. Inês de Castro. No século XIX, Almeida Garrett empenha-se em ressuscitar o Teatro Nacional e é com esse intuito que escreve várias peças de teatro (como Frei Luís de Sousa, ou Falar Verdade a Mentir). Nos dias de hoje, e já em pleno século XXI, o Teatro assume uma importância vital, simultaneamente lúdica e didáctica: educa, divertindo. E apesar das crises que, de quando em quando, vêm a lume sobre a eventual “saúde” do teatro português, o que é certo é que ele veio para ficar!

Fonte(http://linguaportuguesa8ano.blogspot.pt/2009/04/breve-historia-do-teatro.html#!/tcmbck)



  • Algum vocabulário do Teatro 


 (Clica na imagem para abrir o site original)

ATO - Divisão de uma peça teatral determinada pela mudança de espaço (cenário), constituindo a estrutura externa da própria peça.

ADEREÇO – objecto móvel que ajuda a caracterizar uma personagem ou um espaço.

APARTE - Palavras ditas por uma personagem (destinadas a serem ouvidas só pelos espectadores), partindo do princípio que as outras personagens com quem contracena não as ouvem no momento. Através dos apartes, o público torna-se cúmplice dos atores.

BASTIDORES - local por detrás do palco, e lateral, onde normalmente se situam os camarins e se guarda o material utilizado na representação

CAMARIM - local onde os atores se preparam (vestem, fazem a maquilhagem...) antes de entrarem em cena.

CAMAROT- pequenos compartimentos, situados num nível acima da plateia, destinados aos espectadores.

CENA - Divisão de um ato, marcada pela entrada ou saída de uma personagem.

CENÁRIO - conjunto de elementos visuais que compõem o espaço onde se apresenta um espetáculo teatral.

CENÓGRAFO – pessoa que imagina, concebe e executa o cenário de uma peça de teatro.

COMÉDIA - de origem obscura, supõe-se que se relaciona com cantos em festins de homenagem a Dioniso. Peça teatral que visa a crítica social através da representação de situações da vida real . O recurso ao ridículo, que provoca o riso, tem geralmente uma intenção moralizadora.

CONTRA-REGRA – aquele que tem por função marcar a entrada dos atores em cena.

DIDASCÁLIA - texto secundário constituído pelas informações fornecidas pelo dramaturgo (autor) sobre, por exemplo, o tempo e o lugar da ação (cenário), o vestuário, os gestos das personagens, etc. também é chamado de indicações cénicas.

DRAMA - representação, através de palavras e ações, num espaço destinado a esta finalidade (normalmente, um palco). Nele há, para além das linguagens verbal e gestual, o recurso à luminotécnica e à sonoplastia, aos cenários, ao guarda-roupa, à maquilhagem…

DRAMATURGO – autor de textos dramáticos.

ENCENADOR – aquele que idealiza o espetáculo teatral, dirigindo os atores nos seus papéis, “conduzindo-os” nos ensaios, transmitindo o que pretende a outros intervenientes no processo (cenógrafo, figurinista, luminotécnico, sonoplasta, etc), levando à cena um texto ou a adaptação de um original.

FIGURINISTA - técnico de teatro que se ocupa dos figurinos (guarda-roupa, maquilhagens, etc.)

GUARDA-ROUPA - conjunto das roupas e dos trajes utilizados numa peça de teatro.

MONÓLOGO - é uma fala interiorizado, em que o "eu" é o emissor (o "eu" que fala) e o recetor (o "eu"/"tu" que escuta).

PONTO – pessoa que lê o texto das falas em voz baixa aos atores, caso eles se esqueçam delas. Normalmente está por baixo do palco, ou por detrás, escondido do público.

RÉPLICA - fala dos atores em cena.

SONOPLASTA – pessoa responsável por todos os efeitos sonoros durante uma peça.

TEXTO DRAMÁTICO – texto orientado para a representação. Aquele que é escrito para ser representado.


TRAGÉDIA - associada na origem, na Grécia, a celebrações dionisíacas, definiu-se como espetáculo dramático onde se representam assuntos sérios, dignos, elevados.

  • Para saberes mais sobre o Teatro 
 (Clica na imagem para abrir o site original)


O TEXTO DRAMÁTICO:

O texto dramático é escrito para ser representado. Normalmente não tem narrador e predomina o discurso na segunda pessoa (tu/vós). Além disso, o texto dramático pressupõe o recurso à linguagem gestual, à sonoplastia e à luminotécnica.

É composto por dois tipos de texto:
1- Texto principal, que corresponde às falas dos atores. É composto por:
  • Monólogo – uma personagem, falando consigo mesma, expõe perante o público os seus pensamentos e/ou sentimentos;
  • Diálogo – falas entre duas ou mais personagens;
  • Apartes – comentários de uma personagem para o público, pressupondo que não são ouvidos pelas outras personagens.
2- Texto secundário (ou didascálias, ou indicações cénicas) que se destina ao leitor, ao encenador da peça ou aos atores. O texto secundário é composto:
  • pela listagem inicial das personagens;
  • pela indicação do nome das personagens no início de cada fala;
  • pelas informações sobre a estrutura externa da peça (divisão em atos, cenas ou quadros);
  • pelas indicações sobre o cenário e guarda roupa das personagens;
  • pelas indicações sobre a movimentação das personagens em palco, as atitudes que devem tomar, os gestos que devem fazer ou a entoação de voz com que devem proferir as palavras;


PERSONAGENS

  • protagonista ou personagem principal ou
  • personagens secundárias ou
  • figurantes

ESPAÇO
Espaço – o espaço cénico é caracterizado nas didascálias, onde surgem indicações sobre pormenores do cenário, efeitos de luz e som, entre outros. 

TEMPO
  • Tempo da representação – duração da ação, em palco;
  • Tempo da ação ou da história – o(s) ano(s) ou a época em que se desenrola o conflito dramático;
  • Tempo da escrita ou da produção da obra – altura em que o autor concebeu a peça.

INTENÇÕES DO AUTOR
Quando escreve uma peça de teatro, o dramaturgo pode ter uma intenção
  • Moralizadora (distinguir o Bem do Mal);
  • Lúdica ou de evasão (entretenimento, diversão, riso);
  • Crítica em relação à sociedade do seu tempo;
  • Didáctica (transmitir um ensinamento).

FORMAS DO GÉNERO DRAMÁTICO
• Tragédia
• Comédia
• Drama
• Teatro Épico.



(informação retirada de http://linguaportuguesa8ano.blogspot.pt)



  • Vocabulário sobre o teatro




domingo, 19 de maio de 2019


APRESENTAÇÕES ORAIS 
CALENDÁRIO

27 de maio - Rodrigo Lopes, João Martins e Carolina
28 de maio - João Duarte, Rodrigo Loureiro e Micaela
3 de junho - Gonçalo Quaresma, João Carlos e Tiago
4 de junho - Isabella, Gonçalo Dinis e Rodrigo Aires
5 de junho - Samuel e Sara

sábado, 11 de maio de 2019

Matriz do teste de gramática



. Classes e subclasses de palavras: identificar nomes, adjetivos, verbos, pronomes, ...

. O Verbo: subclasses e tempos verbais

. Os graus dos adjetivos

. Funções sintáticas



terça-feira, 7 de maio de 2019

SER POETA É...


A Bailarina


A bailarina, de Cecília Meireles


Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá

Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.