As Fábulas são histórias transmitidas oralmente, de boca em boca, de pais para filhos ou de avós para netos - até ao momento em que são registadas por escrito.
Têm por objetivo ensinar uma lição de vida e podem ser escritas em prosa ou em verso. As personagens costumam ser animais personificados.
Esopo foi um fabulista grego e Jean de La Fontaine inspirou-se em muitas das suas fábulas.
fonte http://asfabulasdeesopo.blogspot.pt |
A CIGARRA E A FORMIGA
Num belo dia de inverno as formigas estavam a ter muito
trabalho para secar as suas reservas de comida. Depois de uma chuvada, os grãos
tinham ficado todos molhados. De repente aparece uma cigarra:
- Por favor, formiguinhas, deem-me um
pouco de comida!
As formigas pararam de trabalhar,
coisa que era contra os seus princípios, e perguntaram:
-Mas porquê? O que é que fez
durante o verão? Por acaso não se lembrou de guardar comida para o inverno?
A cigarra confessou:
- Para falar a verdade, não tive tempo.
Passei o verão todo a cantar!
Indiferentes, as formigas contestaram:
-Bom... se passou o verão todo a cantar, que tal
passar o inverno a dançar?
E voltaram para o trabalho dando grandes
risadas.
Esopo
Moral da história| Os preguiçosos colhem o que merecem.
fonte www.focoemgeracoes.com.br |
A LEBRE E A TARTARUGA
"Apostemos, disse à lebre
A tartaruga matreira,
Que eu chego primeiro ao alvo
Do que tu, que és tão ligeira!"
Dado o sinal da partida,
Estando as duas a par,
A tartaruga começa
Lentamente a caminhar.
A lebre, tendo vergonha
De correr diante dela,
Tratando uma tal vitória
De pêta ou de bagatela,
Deita-se, e dorme o seu pouco;
Ergue-se, e põe-se a observar
De que parte corre o vento,
E depois entra a pastar;
Eis deita uma vista d'olhos
Sobre a caminhada sôrna,
Inda a vê longe da meta,
E a pastar de novo torna.
Olha; e depois que a vê perto,
Começa a sua carreira;
Mas então apressa os passos
A tartaruga matreira.
À meta chega primeiro,
Apanha o prémio apressada,
Pregando à lebre vencida
Uma grande surriada.
Não basta só haver posses
Para obter o que intentamos;
É preciso pôr-lhe os meios,
Quando não, atrás ficamos.
O contendor não desprezes
Por fraco, se te investir;
Porque um anão acordado
A tartaruga matreira,
Que eu chego primeiro ao alvo
Do que tu, que és tão ligeira!"
Dado o sinal da partida,
Estando as duas a par,
A tartaruga começa
Lentamente a caminhar.
A lebre, tendo vergonha
De correr diante dela,
Tratando uma tal vitória
De pêta ou de bagatela,
Deita-se, e dorme o seu pouco;
Ergue-se, e põe-se a observar
De que parte corre o vento,
E depois entra a pastar;
Eis deita uma vista d'olhos
Sobre a caminhada sôrna,
Inda a vê longe da meta,
E a pastar de novo torna.
Olha; e depois que a vê perto,
Começa a sua carreira;
Mas então apressa os passos
A tartaruga matreira.
À meta chega primeiro,
Apanha o prémio apressada,
Pregando à lebre vencida
Uma grande surriada.
Não basta só haver posses
Para obter o que intentamos;
É preciso pôr-lhe os meios,
Quando não, atrás ficamos.
O contendor não desprezes
Por fraco, se te investir;
Porque um anão acordado
Mata um gigante a dormir."
Jean de La Fontaine
Moral da história| devagar se vai ao longe!